domingo, 17 de fevereiro de 2013

Um sonho em Paris: Revelações Alucinantes



Depois de uma noite sem pregar os olhos, minha cabeça doía e meu corpo atirado na cama pedia massagem e um banho relaxante. Meu quarto, ainda na penumbra, revelava um fio de claridade através da persiana. Lembrei do relatório, balancei a cabeça resolvendo que naquela noite (sem falta) contaria tudo (em detalhes) para A. C.

Entrei no banheiro e levei um susto ao ver-me no espelho. Cabelos desgrenhados, pele amassada e olhos pesados compunham minha figura patética emoldurada no pequeno armário de madeira branca – que horror!
Sem demora, entrei na banheira e esqueci um pouco que o mundo continuava do lado de fora, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que reencontrar D. J. Ou G. Apolinário, seja lá que nome fosse.

Tomei o desjejum e saí rumo ao endereço que A. C. apontara e que (assustadoramente), era o mesmo do homem que encontrei na cafeteria.
Quando lá cheguei avistei um prédio de quatro andares com uma escada de incêndio na lateral envolvida por trepadeiras enregeladas pela neve da madrugada. Olhei de cima a baixo contorcendo os lábios e revirando os olhos, espantada com a visão. Era um pardieiro composto por sacadas com varais repletos de trapos, plantas mortas e lâmpadas quebradas. A construção antiga mostrava sinais de rachadura e pequenos orifícios nas paredes revelando os tijolos. A pintura judiada exibia ainda os tons de um azul desbotado e manchado. Na entrada, lia-se: LAFAYETTE HALL – ALUGAM-SE QUARTOS.

Subi alguns degraus, desviando das imperfeições e toquei a campainha. A porta abriu surgindo uma figura franzina , de cabelos ruivos arrepiados e fixados por um gel mal cheiroso. Sua boca me fez lembrar das dançarinas do moulin rouge, e no pescoço trazia uma gargantilha preta acetinada.. Usava no momento um robby alaranjado, e nos pés uma pantufa roxa de gatinhos. Os olhos cansados e ainda manchados pela maquiagem sonolenta e para culminar a cena, disse-me num tom afeminado:

__ Ai meus sais... O que deseja cherry? Pigarreando joguei a franja para trás, respirei fundo dizendo:
__hã, bom dia, estou a procura de uma pessoa, posso entrar?
__Oui mademoiselle.

Um cheiro acre invadiu minhas narinas e eu tive náusea, mas continuei: ___ por favor, eu procuro um homem alto, louro, chamado G. Apolinário.
__QUEM???

Pelo visto aquela criatura tresloucada não tinha entendido nada até agora. Então eu repeti a pergunta fornecendo mais informações:__ele leciona francês e é brasileiro.
Oh, me oui – l’brasilien... Encerrou a conta e foi embora bem cedo.
EMBORA?
Oui!
__Não disse pra onde?

Ouvi uma gargalhada abusada seguida de um girar de cabeça olhando com desdém... – Mademoiselle, monsier D. J. ou A.G. como queira, seguiu viagem para seu país – suponho.

Boquiaberta, me despedi e saí sem rumo, cambaleante e desorientada quando senti em meu ombro que alguém me chamava com um toque fino e elegante. Me virei e vi uma mulher deslumbrante, que sorriu-me dizendo (...)

By Lu C.





4 comentários:

  1. LÚCIAAAAAAAAAA, O QUE ESSA MULHER ELEANTE DISSE??

    PQ FAZ ISSO COMIGO??


    AII, MAS QUE TA BOM POR DEMAIS, EU AMEI, A HORA DO " AI MEUS SAIS" KKK. VI VOCÊ FALANDO.

    MAS E AGORA?? QUE DESENCONTRO, ELE VEIO AO BRASIL?/ E ELA FAZER O QUE NA FRANÇA, EU SE FOSSE ELA IA PARA O MUSEI DE LOUVRE, E ME HOSPEDAVA NO LAFAYETTE,KKK, A LOKAAA NE??


    AMANHA QUERO MAIS AQUI BONITAAA.

    BEIJOCAS!!

    PATTY.

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  2. Uai, creio que para o Brasil não voltou ! Será que essa é a mulher azul? Vai ver o acolheu em um lugar especial (rss). Bjs.

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  3. NÃO SEI PORQUE MAS SONHEI COM A MULHER AZUL QUE DISSE PRA MIM ESCONDER O HOMEM NO SOTÃO DA MINHA CASA. AII LÚCIA NEM SÓTÃO EU TENHO, RSRSR. BJS!

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  4. QUERIDAAAA, VIM ONTEM, VIM HOJE PARA VIRAR A PÁGINA, MAS ELA ESTA PRESA, NÃO VIRA, NÃO TEM MAIS NADA ESCRITO, POXAAA. RSRSR

    BJÃOOO, QUANDO COLOCAR MAIS ME AVISE.

    BJS!

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